Co-inoculação no desenvolvimento vegetativo e nodulação de plântulas de soja submetidas à calagem, fertilização nitrogenada e aplicação de micronutrientes
Resumo
A co-inoculação (COI) com Azospirillum brasilense e bactérias do gênero Bradyrhizobium podem melhorar ainda mais o desempenho da cultura da soja. Com o objetivo de avaliá-la em detrimento da inoculação tradicional (I) com Bradyrhizobium, foram instalados dois experimentos em outubro de 2014, em casa de vegetação na UNIFEB-Barretos, SP. O delineamento foi o inteiramente casualizado com oito tratamentos com ou sem nitrogênio mineral; I e/ou COI (com ou sem) e aplicação de cobalto e molibdênio (Co-Mo) nas sementes (com ou sem), com oito repetições e quinze sementes/vaso. Através da análise química do solo foram efetuados os cálculos para calagem e doses de adubo. As avaliações constituíram-se na % de plântulas normais, número e massa seca de nódulos/planta, massa seca da parte aérea e raiz/planta. Na calagem realizada com 30 dias de antecedência da semeadura, o calcário não teve tempo suficiente de reagir com o solo, que mostrou deficiência em cálcio, além de toxicidade de alumínio e manganês, reduzindo a % de plântulas normais nos vasos, cujo lote de sementes já se encontrava com baixa qualidade fisiológica determinada nos testes de germinação e emergência. Apesar disso, a prática de co-inoculação combinada ao uso de formulação comercial de adubo sem nitrogênio mineral e sem aplicação de micronutrientes nas sementes destacou-se em relação aos parâmetros avaliados. Nessas condições, diferentes épocas de aplicação dos micronutrientes devem ser avaliadas para melhoria do desenvolvimento vegetativo e nodulação de plântulas de soja co-inoculadas, além de que, a calagem deve ser efetuada com maior antecedência da semeadura.
Palavras-chave
Glycine max, Calagem, Adubação nitrogenada, Bactérias promotoras de crescimento, Micronutrientes
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PDFDOI: https://doi.org/10.3738/1982.2278.1504