MOSCAS E ABELHAS POLINIZAM AS FLORES DO PINHÃO MANSO?
Resumo
O presente experimento foi realizado em florada do pinhão manso (Jatropha curcas L.), no campus do Centro Universitário Moura Lacerda, em Ribeirão Preto, SP, em setembro de 2016, com os objetivos de identificar os visitantes florais na cultura, o comportamento destes nas flores (frequência e constância) em área irrigada e não irrigada. A frequência dos insetos foi obtida por contagem nos primeiros 10 minutos de cada horário, das 7h00 às 18h00, em três dias distintos, percorrendo-se as linhas da cultura. O comportamento de forrageamento de cada espécie de inseto foi avaliado através de observações diretas, no decorrer do dia, no período experimental. Os frutos obtidos de tratamento irrigado e não irrigado foram pesados e contados o número de sementes. Os insetos observados visitando as flores do pinhão manso foram moscas Eristalis tenax (42,3%) (Diptera: Syrphidae), dípteros califorídeos (Diptera: Calliphoridae) (33,4%), Musca domestica (mosca preta) (9,9%), vespídeos (6,8%) (Hymenoptera: Vespidae), abelhas africanizadas Apis mellifera (3,3%) (Hymenoptera: Apidae), abelhas Pseudoaugochloropsis graminea (2,5%) (Hymenoptera: Halictidae) e lepidópteros (1,8%) (Lepidoptera). Pode-se concluir que os dípteros e abelhas africanizadas foram visitantes florais frequentes e constantes e pelo seu comportamento de forrageamento foram considerados agentes polinizadores da cultura. A área irrigada produziu mais flores femininas que masculinas e os frutos obtidos de flores em área irrigada apresentaram maior porcentagem de frutos com três sementes.
Palavras-chave
Etologia, Insetos, Jatropha curcas, Polinização
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PDFDOI: https://doi.org/10.3738/1982.2278.3953