USO DE REPELENTES DE PREDADORES EM PUPAS DE Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) PARA LIBERAÇÃO AÉREA

Autores

DOI:

https://doi.org/10.3738/1982.2278.3548

Palavras-chave:

técnica de liberação, liberação aérea, parasitoide larval.

Resumo

A liberação aérea de Cotesia flavipes para o controle de Diatraea saccharalis (F.) (Lepidoptera: Crambidae) em cana-de-açúcar é uma realidade que vem substituir a arcaica e onerosa liberação manual, estratégia que facilitará o controle biológico da broca-da-cana. Entretanto, o espalhamento de pupas do parasitoide sobre o solo e plantas poderia ser comprometido pela predação. O uso de repelentes é uma opção viável e o ácido tricloro-isocianúrico é eficaz na repelência de predadores no campo. Portanto, esse trabalho teve por objetivo avaliar o efeito do ácido tricloro-isocianúrico na emergência e razão sexual de C. flavipes, em laboratório e uma avaliação da capacidade de repelência de predadores em campo para essa substancia. Em um delineamento inteiramente casualizado, foram testadas as seguintes substâncias e quantidade misturadas às “massas” (conjunto de casulos contendo pupas, envoltos em fios de seda) de C. flavipes: pó de ácido tricloro-isocianúrico (55%), solução líquida de ácido tricloro-isocianúrico (3,3%) mais talco inodoro, ácido tricloro-isocianúrico (55%) mais talco inodoro e com apenas talco inodoro (Controle). Cada tratamento foi repetido 10 vezes, sendo cada repetição uma “massa” colocada em um tubo de vidro de fundo chato, fechado com filme plástico, sendo todos mantidos em câmara climatizada a 27±1ºC, UR de 70±10% e fotofase de 14 h. Os tratamentos também foram repetidos 10 vezes em campo. Cada “massa” foi colocada em linha a um metro de distância uma da outra, simulando uma liberação aérea de 6.000 parasitoides ha-1. Após 12, 24 e 48h da liberação, as massas foram avaliadas quanto à predação. Não houve diferenças significativas entre os tratamentos quanto à porcentagem média de emergência e razão sexual média, que ficaram, respectivamente, em 61,25 ± 8,11% e 0,74 ± 0,06. Após 12 h da liberação em campo, o tratamento controle já tinha todas as “massas” predadas, enquanto o tratamento tratado com pó de ácido tricloro-isocianúrico não apresentou predação até 48 h após a liberação em campo. Esses resultados indicam que o ácido tricloro-isocianúrico, misturado ou não com talco (para a individualização das “massas”), pode ser utilizado junto ao parasitoide nos equipamentos de liberação aérea de C. flavipes com efeito satisfatório na repelência de predadores.

Biografia do Autor

  • Fernando Belezini Vinha, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz"
    Graduado em Agronomia no CUML, Mestre em Entomologia pela ESALQ-USP. Atualmente, Pesquisador na Biocontrol
  • Luis Rodolfo Rodrigues, Centro Universitario Moura Lacerda
    Graduação em Agronomia Atualmente, Pesquisador na Occasio
  • Alexandre De Sene Pinto, Centro Universitario Moura Lacerda
    Graduado em Agronomia e Mestrado em Entomologia pela UNESP-FCAV, Doutorado em Entomologia pela ESALQ-USP Atualmente, consultor agricola e professor no Centro Universitario Moura Lacerda

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Publicado

30.04.2019

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

USO DE REPELENTES DE PREDADORES EM PUPAS DE Cotesia flavipes (Cam.) (Hymenoptera: Braconidae) PARA LIBERAÇÃO AÉREA. (2019). Nucleus, 16(1), 347-352. https://doi.org/10.3738/1982.2278.3548

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