NÍVEIS DE PALHIÇO E VELOCIDADES DE ENLEIRAMENTO NA CANA-DE-AÇÚCAR EM DIFERENTES ÉPOCAS DE COLHEITA

Resumen

Manter quantidade de palhiço da cana-de-açúcar no solo é fundamental para potencializar a produção e a longevidade da cultura, todavia além de saber qual a quantidade adequada deve-se considerar a ação do equipamento utilizado para o enleiramento que pode influenciar as soqueiras da cana-de-açúcar. O objetivo deste trabalho foi avaliar o crescimento e a produtividade da cana-de-açúcar submetida a níveis de palhiço sobre o solo e à ação mecânica do enleirador em diferentes velocidades de trabalho, para diferentes épocas de colheita. A área experimental foi conduzida em Dourados, MS, com cana-soca de terceiro corte, nas épocas 1 (variedade RB 855156, ciclo precoce), época 2 (variedade RB 835486, ciclo médio) e época 3 (variedade RB 835054, ciclo tardio). Em cada época de colheita promoveu-se o enleiramento do palhiço residual em quatro velocidades de trabalho (0 (manual); 7,1; 9,7; 11,6 e 14,2 km h-1) e manteve-se sobre o solo quatro níveis de palhiço (0; 5; 10 e 15 Mg ha-1). Foram avaliados altura de colmos, diâmetro dos colmos, número de colmos ha-1, produtividade (TCH) e análises tecnológicas (Brix, AR da cana, Pol da cana e ATR). Conforme o aumento da velocidade de enleiramento do palhiço ocorre aumento da altura e redução do diâmetro do colmo e do TCH da variedade de ciclo médio RB 835486 (época 2), todavia proporciona melhoria da qualidade tecnológica da cana-de-açúcar mantendo a produção de açúcares dos colmos da cana por hectare (TAH). Recomenda-se utilizar maior velocidade de enleiramento associado ao recolhimento parcial do palhiço da cana-de-açúcar sem prejuízo ao TAH.