OSTEOSSÍNTESE DE RÁDIO E ULNA EM LOBO-GUARÁ (Chrysocyon brachyurus) FERIDO POR PROJÉTIL BALISTICO – RELATO DE CASO

Autores

  • Fabrício Bernardo de Jesus Brasil Professor Doutor. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da Faculdade Dr. Francisco Maeda (FAFRAM/FE).
  • Edmilson Rodrigo Daneze Programa de Aprimoramento em Clínica e Cirurgia Veterinária do Hospital Veterinário da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.
  • Juliana Figueiredo Moura Programa de Aprimoramento em Clínica e Cirurgia Veterinária do Hospital Veterinário da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.
  • Rita Aparecida Lataro Especialista. Médica Veterinária do Hospital Veterinário da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.
  • Aline Gomes de Campos Professora Mestre. Departamento de Morfologia Animal da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.
  • Bianca Paludeto Dias Mestre. Médica Veterinária do Hospital Veterinário da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.
  • Elzylene Léga Palazzo Professora Doutora. Departamento de Clínica e Cirurgia Veterinária da FAFRAM/FE. Ituverava-SP.

DOI:

https://doi.org/10.3738//1982.2278.902

Palavras-chave:

Animais silvestres. Ortopedia. Radiologia. Trauma.

Resumo

O presente trabalho teve como objetivo relatar um caso de fratura de rádio e ulna por projétil balístico em um lobo-guará (C. brachyurus) ocorrido na região de Ituverava-SP, com correção cirúrgica ortopédica realizada através de placa e parafusos. Foi atendida no Hospital Veterinário da Faculdade Dr. Francisco Maeda uma fêmea de lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), capturada pela Polícia Militar Ambiental de Ituverava-SP. Após exame físico constatou-se que o animal apresentava-se desidratado, desnutrido e com ferimento associado à crepitação óssea no terço médio de rádio e ulna direito. Após exame radiográfico foi confirmada fratura cominutiva, sendo esta presumivelmente causada por projétil balístico. O procedimento consistiu em ostectomia do osso ulna, enxerto autólogo no ponto de fratura do osso rádio e aplicação de placa DCP (dynamic compression plate) de 3,5 mm de diâmetro e 12 furos com respectivos parafusos de 22 e 26 mm na face cranial do osso. Dois dias após a cirurgia o animal veio a óbito, fato associado à debilidade progressiva apresentada pelo mesmo, por não ter se alimentando bem durante o período de internação, e a não habituação ao cativeiro. Concluímos que, para a condução do presente caso, não foram encontrados na literatura orientações condizentes sobre o manejo a ser tomado em casos de lobos-guará de vida livre que foram vítimas de acidentes e que precisam ser mantidos em cativeiro. No entanto, mesmo com todo cuidado prestado ao animal e o procedimento cirúrgico realizado sem complicações, o mesmo evoluiu a óbito devido a complicações nutricionais.

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Publicado

30.11.2013

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