PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINA S EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE MARINGÁ-PR
DOI:
https://doi.org/10.3738/1982.2278.3724Keywords:
hemoglobinopatias, anemia falciforme, traço falciforme, aconselhamento genéticoAbstract
As doenças falciformes englobam um grupo de anemias hemolíticas hereditárias que têm em comum a presença intra-eritrocitária de uma hemoglobina variante, a HbS. Os indivíduos heterozigotos assintomáticos podem transmitir o gene mutado sem saberem, assinalando um importante problema de saúde pública. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar a frequência de HbS em doadores de um banco de sangue privado da cidade de Maringá, Paraná. O estudo foi descritivo e retrospectivo, no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2017, analisando os registros de prontuários dos doadores de sangue aptos após triagem clínica. Dos 55.941 indivíduos avaliados, 1,36% apresentaram resultado positivo para HbS; a maioria caucasianos/brancos do sexo masculino e com idade acima de 29 anos. Ficou evidenciada associação estatística entre o grau de escolaridade e a periodicidade da doação. Foi observada pequena diminuição da frequência de HbS nos doadores nos últimos três anos. Os resultados demonstraram a influência do contexto histórico na dinâmica populacional e no perfil genético da população estudada, confirmando o comportamento de miscigenação racial na região. O predomínio de indivíduos do sexo masculino e com mais de 29 anos refletiu o perfil do doador de sangue no Brasil. Os portadores do traço falciforme com maior grau de escolaridade doaram sangue com mais frequência, provavelmente por terem mais acesso às informações. A diminuição percentual mínima da ocorrência de HbS nos últimos três anos demonstra a eficácia das políticas públicas em relação as doenças falciformes, principalmente a triagem nos centros de referência de doação de sangue.Downloads
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2020-04-30
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PREVALÊNCIA DE HEMOGLOBINA S EM DOADORES DE SANGUE NA CIDADE DE MARINGÁ-PR. (2020). Nucleus, 17(1), 343-355. https://doi.org/10.3738/1982.2278.3724