PERFIL SOCIOECONÔMICO E PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE TIRADORES DE CARANGUEJO-UÇÁ NO MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO DE ODIVELAS, PARÁ, BRASIL

Autores

  • Márcia Souza da Cruz Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Fernanda do Socorro Cruz Do Carmo Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Marillyse de Cássia Vieira Pinheiro Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Marcos Antônio Souza dos Santos Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) http://orcid.org/0000-0003-1028-1515
  • Fabrício Khoury Rebello Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

DOI:

https://doi.org/10.3738/21751463.2997

Palavras-chave:

Extrativismo animal, Pesca artesanal, Análise socioeconômica, Amazônia

Resumo

O caranguejo-uçá é um importante recurso pesqueiro que proporciona ocupação de mão de obra, renda e segurança alimentar em comunidades que habitam as zonas de mangue em todo o Brasil. No município de São Caetano de Odivelas, nordeste do estado do Pará, constitui elemento fundamental para a subsistência e reprodução social das comunidades pesqueiras. Este artigo caracteriza o perfil socioeconômico e avalia as percepções socioambientais dos tiradores de caranguejo-uçá de São Caetano de Odivelas. A amostra foi composta por 31 tiradores que responderam a um questionário socioambiental. Os resultados indicam que há predominância do trabalho masculino na captura dos caranguejos e que as famílias residem na mesma comunidade por mais de três décadas. O nível de escolaridade é baixo, sendo que 74% não concluíram o ensino fundamental. Na captura predomina o método tradicional por meio de braceamento, mas também ocorre a captura com petrechos predatórios como o laço. Os problemas ambientais relatados com maior frequência são a captura excessiva destacada por 30,65% dos entrevistados, o desrespeito ao período de defeso (29,03%) e o uso de petrechos predatórios (19,35%). Sugere-se maior fiscalização quanto ao respeito do período de defeso e a implementação de políticas públicas de qualificação, geração de renda, conservação dos estoques e do ecossistema de mangue.

Biografia do Autor

  • Márcia Souza da Cruz, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
    Engenheira de Pesca, Mestranda em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Fernanda do Socorro Cruz Do Carmo, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
    Engenheira de Pesca, Mestranda em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Marillyse de Cássia Vieira Pinheiro, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
    Engenheira de Pesca, Mestranda em Aquicultura pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
  • Marcos Antônio Souza dos Santos, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
    Engenheiro Agrônomo, Doutor em Ciência Animal, Professor de Economia Pesqueira da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
  • Fabrício Khoury Rebello, Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
    Economista, Doutor em Ciências Agrárias, Professor de Economia Pesqueira da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)

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Publicado

10.12.2018

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