TOLERÂNCIA AGUDA E CRÔNICA À SALINIDADE DE JUVENIS DE PANGASIUS (Pangasianodon hypophthalmus)

Autores

  • Amarilys Macari de Giz Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Gustavo Henrique Squassoni Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Lucas Valentim Montezuma Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Andres Jesus Leguizamon Coronel Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Janaina Della Torre da Silva Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
  • Luciana Thie Seki Dias Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)

DOI:

https://doi.org/10.3738/21751463.3697

Palavras-chave:

Crescimento, estresse, peixes, sal, sobrevivência

Resumo

Especula-se que a produção comercial de pangasius seja viável em viveiros ou tanques abastecidos com água salobra, apresentando-se como uma alternativa na região semiárida do Brasil, notadamente reconhecida pela sua escassez de água potável. Diante disto, o intuito deste experimento foi avaliar a tolerância aguda e crônica de juvenis de pangasius submetidos a diferentes salinidades. Foram utilizados 216 juvenis de pangasius (17,30 ± 5,26 g), distribuídos em delineamento inteiramente casualizado, com quatro tratamentos e quatro repetições. Para o ensaio de toxicidade aguda foram testadas quatro salinidades (5; 10; 12,5 e 15‰) e um tratamento controle (água doce - 0‰). Baseado nos resultados obtidos no ensaio de tolerância aguda determinou-se as concentrações salinas utilizadas no ensaio de tolerância crônica: 5; 7,5 e 10‰ e controle (0‰). Neste ensaio foram avaliados parâmetros de crescimento (peso e comprimento, ganho de peso, consumo de ração e taxa de mortalidade) e parâmetros físico-químicos da água (temperatura, pH e amônia tóxica). Adicionalmente observações visuais foram realizadas para detectar possíveis alterações morfológicas ou comportamentais decorrentes da exposição às diferentes salinidades. A salinidade letal média (SL50) para o pangasius nas condições do estudo foi estimada em 10,76‰ (IC 95% = 10,22 – 11,33‰). Maiores taxas de ganho de peso (p<0,05) foram observadas nas faixas de salinidade de 5 e 7,5‰. Não foram verificadas diferenças (p?0,05) entre as médias de peso, comprimento final e nos parâmetros físico-químicos da água nas concentrações salinas estudadas. Alterações morfológicas e comportamentais foram detectadas nos peixes do tratamento controle e nas salinidades de 7,5 e 10‰. Os resultados encontrados sugerem que o pangasius apresenta relativa tolerância à salinidade. Entretanto, é necessário um aprofundamento de estudos de campo sobre a real influência da salinidade para esta espécie, buscando avaliar os possíveis efeitos sobre o crescimento ao longo de todo o ciclo produtivo, para que seja possível determinar o real potencial de cultivo nestas condições.

Biografia do Autor

  • Gustavo Henrique Squassoni, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
    Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal
  • Janaina Della Torre da Silva, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
    Departamento de Desenvolvimento Rural
  • Luciana Thie Seki Dias, Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
    Departamento de Biotecnologia e Produção Vegetal e Animal

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Publicado

09.06.2020

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